TELEMETRIA – 23R03MEL

23R03 - MELBOURNE

Melbourne é para mim, uma das melhores corridas do ano.
Não sei explicar o porque, mas me lembra muito a corrida de Montreal. Não somente por ser dentro de um parque, ou por ser bem perto de um grande centro urbano. Mas acho que pelo ambiente.
Os australianos são quase tão simpáticos quanto os “Québécois” (provavelmente o povo mais legal do MUNDO 😃) e tem uma tiazinha que cuida da circulação interna do parque, que é um show de positividade!!!

O circuito sofreu pequenas modificações (ano passado) com grande impacto na velocidade e na fluidez do traçado (ficou bem mais rápido). O que faz com que os engenheiros trabalhem num setup mais veloz, sem esquecer de favorecer a tração.
Como o C5 era muito macio para ser usado na corrida (lembrando que em 2022 eles trouxeram o C2, C3 e o C5!), a PIRELLI voltou atras na escolha dos pneus, trazendo o C4 de volta como em 2019.
Ainda assim, do fato do circuito não solicitar muito os pneus, as estratégias com uma unica parada parecem ser as melhores para a briga do segundo lugar (Aston, Ferrari e Mercedes).
Sendo dentro de um parque e muito pouco utilizado. O Circuito de Albert Park tem uma “Track Evolution” muito alta e as folhas das arvores podem atrapalhar bastante e até entupir os dutos de freios, ou radiadores do carro!

Melbourne também se parece com Montréal no que diz respeito a meteorologia. Temperaturas podem ser ou muito baixas, ou muito altas, ou ainda ter variações enormes durante o dia. 
Este ano as temperaturas estarão na casa dos 18°C (frio), o que pode atrapalhar na preparação e na degradação dos pneus.
Sabado pode pintar uma garoa na parte da manhã, mas a qualificação e a corrida devem ocorrer com pista seca.

O traçado foi encurtado já no ano passado mas ainda se situa no pelotão médio dos circuitos do calendário.
Não sendo longo, facilitaria bastante a calibração do ENERGY MANAGEMENT, mas o fato de ter 4 zonas de DRS acaba complicando as coisas.
Desse fato, os engenheiros precisam preparar mapas de “ATAQUE” e de “DEFESA” para priorizarem a energia nessas fases.

Não tendo muitas curvas de alta, o nível de downforce pode variar bastante, dependendo do grip e da evolução da pista, assim como em função das “TOP SPEED” dos concorrentes.
Esse quebra-cabeça exige bastante do pessoal da fabrica, que da apoio à distancia via suas “OPERATION ROOM“.

Resolvi utilizar alguns indicativos fornecidos pela PIRELLI, para tentar dar ainda mais detalhes sobre o nível de exigência dos pneus. Quanto maior o numero de pontos (de 8 a 40), maior é o nível de solicitação.
Melbourne se posiciona na parte baixa do gráfico com somente 22 pontos. O que explica em parte, as estratégias com uma unica parada.
De mais acho que a RedBull ainda vai dominar esse GP e estou curioso para ver o que a Ferrari vai tentar fazer para passar o Fernando …

Acho que é isso … 😉

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *