24R03 - MELBOURNE
Melbourne é para mim, uma das melhores corridas do ano.
Não sei explicar o porque, mas me lembra muito a corrida de Montreal. Não somente por ser dentro de um parque, ou por ser bem perto de um grande centro urbano, mas sobretudo pelo ambiente.
Os australianos são quase tão simpáticos quanto os “Québécois” (provavelmente o povo mais legal do MUNDO 😃) e tem uma tiazinha que cuida da circulação interna do parque, que é um show de positividade!!!

O circuito sofreu pequenas modificações (2022), com grande impacto na velocidade e na fluidez do traçado (ficou bem mais rápido). O que faz com que os engenheiros trabalhem num setup mais veloz, sem esquecer de favorecer a tração.
Como o C2 era muito resistente para ser usado na corrida, cobrindo facilmente 47 das 58 voltas da corrida, a PIRELLI voltou atras na escolha dos pneus, trazendo o C3, o C4 e o C5 de volta. Ainda assim, do fato do circuito não solicitar muito os pneus, as estratégias com uma unica parada parecem ser as melhores para a briga do segundo lugar (Perez e Ferrari).
Sendo dentro de um parque e muito pouco utilizado. O Circuito de Albert Park tem uma “Track Evolution” muito alta e as folhas das arvores podem atrapalhar bastante e até entupir os dutos de freios, ou radiadores do carro!

Melbourne também se parece com Montreal no que diz respeito a meteorologia.
Temperaturas podem ser ou muito baixas, ou muito altas, ou ainda ter variações enormes durante o dia.
Este ano as temperaturas estarão na casa dos 20°C e a pressão atmosférica alta, o que teoricamente deixa o tempo bom e afasta as possibilidades de chuva. Porém algumas previsões estão anunciando uma garôa na manhã de Sábado.
Outra variável que pode atrapalhar é o vento forte. Não somente trazendo sujeira e folhas para o traçado, mas também destabilizando o carro nas freadas das curvas 01, 03, 06 e 13 !

O traçado foi encurtado em 2022, mas ainda se situa no pelotão médio dos circuitos do calendário.
Não sendo longo, facilitaria bastante a calibração do ENERGY MANAGEMENT, mas o fato de ter 4 zonas de DRS acaba complicando as coisas.
Desse fato, os engenheiros precisam preparar mapas de “ATAQUE” e de “DEFESA” para priorizarem a energia nessas fases.

Não tendo muitas curvas de altos Gs, o nível de downforce pode variar bastante, dependendo do grip e da evolução da pista, assim como em função das “TOP SPEED” dos concorrentes.
Esse quebra-cabeça exige bastante do pessoal da fabrica, que da apoio à distancia via suas “OPERATION ROOM“.

Somando os pontos dos 8 critérios utilizados pela Pirelli, Melbourne se posiciona na parte baixa do gráfico com somente 22 pontos. O que explica em parte, as estratégias com uma unica parada utilizadas ano passado, e ainda potencialmente prevalentes este ano (SC/VSC).
De mais acho que o MAX ainda vai dominar esse GP e estou muito curioso para ver o que o PIASTRI vai fazer com a sua McLaren nessa pista!
Acho que é isso … 😉
Tenho a mesma opinião sobre o Piastri. Ele me lembra o Piquet, combativo porém não espalhafatoso. Acho que ele mesmo falou que esta mais para o estilo do Prost do que para do Senna. Que ele trilhe uma bela carreira na F-1. Quanto ao Max, bem ele é o máximo e vai continuar a dominar a Formula-1. Não há como não concordar com o Dr. Helmut quando ele diz que os atributos do Max parecem ser únicos no atual grid da F-1
Pois é Xara. Max é top … mas espero que Piastri possa ja ja lhe dar trabalho ! 🙂
Abraço