TELEMETRIA – 24R04SUZ

24R04 - SUZUKA

Suzuka está com certeza no meu  TOP5 das corridas que eu mais gostava de fazer, mesmo contando circuitos que já não fazem mais parte do calendário atual! A viagem, o fuso-horário, a cultura, os fans, a comida, a língua, o transito, os carros … TUDO é muito diferente e legal no Japão!

Chegar no circuito de manhã cedo é muito divertido. Parece até que somos ROCK STARS com aquela multidão toda acenando, gritando e torcendo para TODOS que trabalham no paddock. Os pilotos então são considerados verdadeiros SAMURAIS 😃

Na quinta-feira, quando fazemos o CIRCUIT-WALK, uma boa parte do trajeto é compartilhada com os visitantes e torcedores. Uma unica cordinha na altura do joelho separam os dois mundos … e TODOS respeitam!

Nesse ano a corrida ocorre numa época onde as temperaturas serão mais baixas do que de costume (quando era no inicio do outono). Vale ressaltar também que isso (temperaturas mais baixas), pode tornar mais difícil manter os pneus na “janela” operacional correta. Principalmente nas voltas de preparação para a qualificação.

Chuvarada caiu pesada nessa quarta-feira e muito vento deve soprar nessa quinta. Sexta, Sábado e Domingo ainda são grandes incógnitas com vários modelos dizendo coisas contraditórias (CHUVA ???). Para completar o quebra-cabeças, o TETO vai estar muito baixo no Domingo (abaixo dos 1000 pés) … o que pode até interromper a corrida se o helicóptero não tiver visibilidade para poder decolar/voar.

O traçado clássico permanece inalterado (graças à Deus), mesmo se as antigas britas foram deixando espaço para as modernas RUN-OFF AREAS … o que tira um pouco do charme do traçado.

Suzuka sendo a 4a corrida e os V6 tendo uma alta importância na competitividade (principalmente ultrapassagens), muitos pilotos devem introduzir novas unidades nessa sexta-feira (para validação durante o FP1).

Tendo muitas curvas de altos Gs, mas também algumas de baixa-velocidade, o nível de downforce pode variar bastante em torno do que sera necessário para fazer o famoso 130R com o pé “na sóca”! Outro fator importante nessa escolha sendo a quantidade de energia que podemos colocar nos pneus, combinando as forças laterais e verticais.

Além de representar um desafio extraordinário para carros e pilotos, a pista também exige muito dos pneus: tanto em termos de desgaste – devido aos elevados níveis de rugosidade e abrasividade do asfalto – como através das forças laterais e cargas verticais a que são submetidos ao longo de uma volta (variedade boa de curvas!).

Como de costume, a Pirelli selecionou o trio de compostos mais duros: C1C2 e C3 mas ainda assim, a estratégia de duas paradas é a mais comum, devido à energia que passa pelos pneus e ao estresse a que estão submetidos. 

No entanto, temperaturas mais baixas podem significar que uma estratégia de uma única parada se torna possível, especialmente para os pilotos que são cuidadosos com os pneus. Porém, uma parada única também diminui o efeito do UNDERCUT, o que geralmente é muito útil em Suzuka, pois os compostos duros e médios demoram mais para atingir a temperatura ideal.

De mais acho que o MAX volta com tudo nesse GP e estou muito curioso para ver o que as FERRARI e as McLAREN vão trazer para essa corrida!

Acho que é isso … 😉

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